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Cidade: um direito das crianças

Imagem retirada de Pixabay.
14 de novembro de 2018

Conheça três projetos inspiradores que mostram o quanto as crianças podem aprender sobre a cidade e transformá-la!

No Toda Criança Pode Aprender, já discutimos algumas vezes – como aqui, aqui e aqui – a relação das crianças com a cidade, lembrando da importância de explorarem seu entorno, criarem relações com o espaço e seus habitantes e descobrirem seu papel de pertencimento e transformação no contexto em que estão inseridas. Aqui, traremos alguns exemplos de como projetos e escolas favoreceram criativamente a apropriação da cidade pelas crianças!

Criança Fala na Vilinha – Criança Fala
Em um curta-metragem dirigido por Anelena Toku, produzido pelo coletivo Nós, Madalenas e realizado pelas crianças do bairro paulistano Glicério participantes do projeto Criança Fala, é possível acompanhar algumas das intervenções construídas pelas crianças em uma vila (Rua Lins), que antes recebia poucos cuidados. A partir de desejos, olhares e vozes das crianças do bairro, foi possível transformar esse espaço, que se tornou propício para brincadeiras, cores e cortejos com música e dança. Algumas crianças, inclusive, contam as histórias dos personagens pintados nas paredes do bairro e comentam a relação especial que criaram com as figuras: “tem um boneco ali na parede… Aí eu finjo que ele é meu amigo, fico contando as minhas coisas para ele”!
Como é possível ver nos depoimentos no curta, a vivência das crianças desperta reflexões sobre o espaço urbano, sobre suas origens e seus potenciais, sobre a infância e sobre a ocupação que fazem da cidade.
“Esse projeto não é só brincadeira, é parte da nossa infância”


Mostra Itinerante – EMEF Morro Grande

Iniciativa premiada pelo Prêmio Territórios Educativos da prefeitura de São Paulo, a Mostra Itinerante realizada por equipe e alunos da EMEF Morro Grande acontece desde 2014. A ideia, inspirada nas diversas expressões da cultura popular, é produzir um cortejo que convide a comunidade a entrar em contato com o conhecimento e as aprendizagens dos alunos. Conforme explica o estudante Lucas Abner: “É isso o que a escola faz… Ela mostra o que a gente faz aqui dentro lá para fora”.
De acordo com a assistente de direção Herica Martto e com o professor Allan Gregolim, criar um território educativo é justamente tornar o espaço um campo recheado de sentidos e significados, das quais as pessoas se apropriam.


História de Assombração para conhecer a cidade de São Paulo: entre fato e ficção

Também recebedor do Prêmio Territórios Educativos, esse projeto nasceu do interesse dos alunos da EMEF Paulo Freire (Paraisópolis) em explorar lendas urbanas, como a da “loira do banheiro”. A partir disso, como relata a professora Neila de Fátima Araújo, a proposta foi conhecer lugares históricos do centro de São Paulo por meio das histórias de assombração. Conforme afirma a educadora, a relação com o território e o conhecimento construído sobre sua própria cidade e sua história empodera as crianças e adolescentes, favorecendo que se posicionem enquanto cidadãos de direito.


E você? Conhece outras iniciativas que promovam a ocupação do espaço urbano pelas crianças? Conte para nós!

 

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