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É uma boa ideia oferecer recompensas materiais às crianças?

Imagem retirada de Pixabay.
29 de maio de 2017

Em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, Rosely Sayão traz algumas reflexões sobre o uso de recompensas materiais na relação com as crianças.

 

Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, é colunista da Folha de São Paulo e aborda semanalmente diversos temas referentes às relações entre escola, família e crianças. Em fevereiro de 2017 ela publicou um texto intitulado “Será bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado?” no qual traz à tona questionamentos sobre a forma de lidar com recompensas materiais nas interações com as crianças.

Ao tratar do tema do dinheiro, Rosely aponta que a mesada é um recurso que deve ser utilizado pela criança para suprir alguma necessidade diária, por exemplo, comprar o lanche na escola. Caso ela leve o alimento de casa, esse dinheiro não é necessário e, sem objetivo claro, só estimula o consumismo. Também é importante acompanhar os gastos junto com a criança, ensinando-a a administrar o dinheiro.

Além disso, a psicóloga questiona o uso de recompensas materiais em troca de boas condutas ou de contribuições nas tarefas domésticas. Isso poderia comunicar que um comportamento pode ser comprado e que se portar bem só vale a pena quando há um ganho material envolvido. Tais mensagens desestimulam a autonomia da criança para refletir eticamente sobre suas próprias ações. Conforme destaca Rosely:

“Será que é bom ensinar aos filhos que um comportamento pode ser comprado? Pois é isso que ensinamos a eles quando oferecemos presentes, guloseimas ou dinheiro, dados como condição para alguma atitude ou comportamento deles. Se for bem na escola, vai realizar a viagem dos sonhos ou ganhar o brinquedo que tanto queria; se for obediente, vai receber alguma recompensa; a cada dia em que arrumar a cama, vai ganhar algum valor em dinheiro, e assim por diante. Precisamos, isso sim, é ensinar que, em casa, todos devem colaborar com a família, de acordo com as possibilidades que cada um tem. Precisamos ensinar também que escolhemos qual atitude tomar ou como nos comportar, e que arcamos com as consequências de nossas escolhas. E tudo isso podemos ensinar sem recompensas materiais envolvidas, não é verdade?”

E você? Concorda com essas afirmações? Ou pensa diferente? Conte para nós nos comentários!

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