7 de março de 2014
“Se você comer a comida toda, eu deixo você brincar mais um pouquinho…”; “Se você der um beijo na visita, vai ganhar sorvete de sobremesa!”; “Se você se comportar bem no jantar, eu deixo você ver aquele desenho na televisão”.
Essas frases podem parecer um pouco estranhas quando lidas agora, fora de seus contextos, mas se pensarmos um pouquinho já a ouvimos ou a falamos, nos colocando na posição chantagista quando entramos em contato com crianças um pouco teimosa.
Educar a partir do prêmio pode parecer fácil… afinal, quando a educação envolve uma recompensa material, a criança pode ficar mais interessada. A partir disso, um comportamento que poderia ser apenas birra, é resolvido de maneira quase que corrupta, em que a criança não aprende, mas sai ganhando mesmo assim.
Rodrigo Gerez, pai pela primeira vez, escreveu em seu blog sobre esse tema ao perceber que estava chantageando a sua filha. Para ele, o impacto que essa ação traria para a o seu desenvolvimento social seria drástico. O texto é bastante interessante e nós faz pensar sobre esse ato danoso, apesar de transparecer, inicialmente, bastante ingênuo. Afinal, muitas vezes não percebemos costumes negativos e arraigados em nosso meio.
A chantagem é um comportamento que nos vicia, mas também pode “viciar” as crianças. Com certeza você já ouvi uma criança dizer “eu só faço isso se…”, colocando, em prática, o que nós ensinamos para ela.
Porém, perceber que fazer chantagens é um ato prejudicial, já é um grande progresso ao educar uma criança. Dessa maneira, criança e adulto poderão construir melhor suas relações, sem recompensas em troca de educação e carinho.