O que as crianças aprendem correndo, pulando, saltando e se movimentando sem parar? Confira, aqui, este novo post da série “Educa”!
As crianças, em geral, não conseguem permanecer muito tempo sem se movimentar. Tão logo dão os primeiros passos ou, antes ainda, quando descobrem os bracinhos e perninhas e não param de mexê-los, parecem ter sede por movimento. E é isso mesmo!
Andar, correr, pular, saltar, arremessar, andar de bicicleta, realizar movimentos com os braços e as mãos são formas de aprender sobre o próprio corpo, conhecer e experimentar suas possibilidades e seus limites. Essas ações também favorecem o desenvolvimento do equilíbrio e da coordenação, em diferentes sentidos. Por exemplo: ao ter que subir em um trepa-trepa ou descer em um escorregador, a criança lida com o desafio de realizar simultaneamente um conjunto de ações e de movimentos. Atividades como essas implicam ainda em tomadas de decisões, em coordenar quais são as melhores ações, os melhores caminhos a seguir, em avaliar os resultados – algo fundamental para o desenvolvimento.
Outras atividades em que os movimentos são mais manuais, como moldar distintas formas na areia ou com massinha, por exemplo, possibilitam experimentações que envolvem desde o tatear com as pontas dos dedos até o amassar com as palmas das mãos e ainda definir com que força realizar essas tarefas.
Se o movimento envolve a interação com outras crianças é preciso considerar, além de tudo, como lidar com o corpo do outro. Isso vai desde observar suas ações para realizar as próprias (como estar atento à direção em que uma bola é arremessada) até considerá-lo uma extensão de seu próprio corpo (como saltar um obstáculo de mãos dadas), tendo que dosar força, ajustar equilíbrio, velocidade, ritmo etc.
Quando falamos de brincadeiras e jogos coletivos, aprender a cooperar, seguir regras, esperar sua vez e respeitar o outro são também aspectos colocados em prática, assim como lidar com conquistas e frustrações. E tudo isso sem parar de se movimentar!
Apresentamos aqui apenas parte do potencial e da importância do movimento no desenvolvimento infantil. Ao contrário do que muitos consideram, ele se dá não apenas no âmbito físico/corporal, mas também no cognitivo, emocional e social. Reconhecendo o quão fundamental é a criança desde pequena se movimentar, que tal abrirmos cada vez mais espaço para isso no dia a dia dela, inclusive favorecendo sua interação com espaços abertos, como parques, praias, praças ou até mesmo quintais e playgrounds?