Beatriz Cardoso comenta a implementação de livros digitais na rede pública de ensino de São Paulo | Labedu
Entrevistas

Beatriz Cardoso comenta a implementação de livros digitais na rede pública de ensino de São Paulo

6 de agosto de 2023

No programa Revista CBN de 5 de agosto, Beatriz Cardoso, presidente do Laboratório de Educação (Labedu), comentou a decisão do governo de São Paulo de implementar livros didáticos digitais na rede pública de ensino em substituição aos livros de papel. A educadora destacou a falta de estudos que comprovem a efetividade da aprendizagem no novo modelo e alertou para que a tecnologia não seja tratada como solução mágica. 

Para embasar a reflexão, Beatriz falou sobre a implementação do projeto Aprender a Estudar Textos, iniciativa do Labedu, que visa criar condições para que as crianças incorporem novos conhecimentos por meio da leitura. O projeto parte de uma metodologia que olha para o sistema de aprendizagem contemplando crianças, professores e sistema público de ensino, e é aplicada em turmas do 4o e 5o anos do Ensino Fundamental, etapa em que a leitura passa a ser uma ferramenta de estudo, e a compreensão leitora é o ponto-chave desse processo.

Durante a entrevista, a jornalista Petria Chaves questionou qual o principal desafio em relação à Educação no Brasil, e Beatriz respondeu que "o grande desafio hoje é investir na formação dos diferentes atores no sistema de ensino". O Laboratório de Educação atua de forma sistêmica para dar condições e ferramentas para que professores exerçam seu trabalho com autonomia, dando suporte de conhecimento.

Fechando o papo, Beatriz destacou a importância do livro e da leitura, enfatizando que embora a tecnologia possa  favorecer, não se trata de um elemento central na Educação. “A tecnologia pode ampliar recursos e facilitar trocas, mas não é a solução em si. O texto é o nosso maior aliado. São também nossos aliados os professores e, acima de tudo, as crianças. O processo de aprendizagem precisa ser tangível e a tecnologia sem acesso, num país tão desigual, não é uma solução. O livro é mais inclusivo, ele materializa o processo de leitura", afirmou.

Para ouvir a entrevista completa clique aqui.

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