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Brincadeiras antigas para as crianças de hoje

Imagem retirada de Pixabay
Em parceria com Centro de Referências em Educação Integralicone-link-externo

O Centro de Referências em Educação Integral é uma iniciativa da Associação Cidade Escola Aprendiz em parceria com outras organizações não governamentais e com o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A intenção é promover a pesquisa, o desenvolvimento, aprimoramento e difusão gratuita de referências, estratégias e instrumentais que contribuam para a formulação, gestão e avaliação de políticas públicas de Educação Integral no Brasil.

22 de fevereiro de 2018

Na era do videogame e de outros jogos e brincadeiras tecnológicas, é comum constatar que brincadeiras do tempo dos nossos pais e avós têm caído no esquecimento. Veja, neste post do Centro de Referências em Educação Integral, a importância de resgatá-las com as crianças.

Um estudo intitulado Brinquedos, brincadeiras e cantigas de roda: como brincavam nossos pais e avós, realizado por professoras de uma creche do Recife, mostrou que resgatar essa cultura é um rico exercício, pois possibilita às crianças conhecerem e vivenciarem novas experiências, além de uma reflexão empática de como brincavam as infâncias de outrora.

Ao abordar e praticar as brincadeiras dos tempos dos pais e avós, amplia-se o repertório lúdico das crianças de hoje. Além disso, neste processo de investigação, isto é, quando as crianças perguntam para seus familiares como brincavam, onde e com quais pessoas, ocorrem trocas férteis e uma aproximação entre as diferentes gerações por meio da valorização da experiência do outro, o que também contribui para o estreitamento dos vínculos afetivos.

Nesta perspectiva, o Centro de Referências em Educação Integral selecionou algumas práticas tradicionais que podem promover diálogos intergeracionais e, claro, entreter as crianças.

A seguir, conheça três das brincadeiras sugeridas para este resgate.

Cantigas de roda

As cantigas de roda brasileiras têm grande influência das culturas africanas, indígenas e europeia e fazem parte do folclore do país. Transmitidas de geração em geração, revelam muito sobre a cultura local, misturando tradição oral ao brincar.

Em cantigas de rodas, as crianças dão as mãos, cantam juntas diversas músicas, que normalmente brincam com os nomes de quem está na ciranda. Além disso, costumam vir acompanhadas de coreografias, o que estimula a sintonia entre os pares, que precisam mover-se ao mesmo tempo, fazendo os gestos em sintonia.

Dentre as cantigas mais conhecidas, estão Escravos de Jó, Atirei o pau no gato, Sapo Cururu, a tradicional Ciranda, Cirandinha, O cravo e a rosa e Caranguejo (as duas últimas apresentadas no vídeo que se segue):

Bolinha de gude

As bolinhas de gude permitem diversas brincadeiras. A maneira tradicional é uma competição em que uma criança acerta a bolinha do adversário para tentar capturá-la para si.

Conforme o combinado entre as crianças, as bolinhas podem ser devolvidas ao final da partida, mas tudo varia de acordo com a capacidade de negociação entre os pares e o autoconhecimento dos pequenos para saber o que preferem, e se são capazes de lidar com as perdas.

Para dificultar a atividade, é possível criar uma espécie de arena no chão, em formato triangular ou circular, colocando no centro três bolinhas de cada participante. As crianças têm que acertar as bolas partindo de fora da arena. Se alguém não acertar nenhuma bolinha, perde a vez. E se ela ficar presa dentro da área delimitada, também perde a bolinha.

Outras maneiras de brincar com as bolinhas de gude envolvem completar circuitos desenhados ou acertar latas e outros objetos posicionados no chão.

Para lançar as bolinhas, vale atenção à posição dos dedos. O indicador deve envolver a bolinha em formato de gancho, e o polegar serve para dar o impulso que vai lançar a bola. Os pais e avós também podem mostrar como jogavam e qual era a sua melhor técnica para fazer a bolinha atingir um alvo.

Amarelinha

O jeito mais simples de criar uma amarelinha, é desenhá-la no chão de cimento com giz de lousa. Faça um retângulo grande e divida-o em retângulo menores alternando entre um e dois espaços, e enumere-os de 1 a 10.

O objetivo da brincadeira é jogar um marcador, que pode ser uma pedra, em uma das casas e atravessar a amarelinha sem pisar no quadrado em que ele está. Na volta, é preciso pegá-lo do chão.

O desafio está em alternar entre pular em um pé só ou com os dois, bem como manter o equilíbrio para pegar o marcador. Quem completar todos os marcadores de 1 a 10 primeiro, sem errar, ganha. Para dificultar, pode-se adicionar mais marcadores e mais casas para pular.

Vale conferir outras quatro brincadeiras igualmente antigas e divertidas que podem ser conhecidas no post completo do Centro de Referências em Educação Integral. Do mesmo modo, diversas cantigas foram gravadas pelo grupo “Palavra Cantada” e podem ser acessadas no YouTube: Alecrim, Peixe Vivo e Sapo Jururu.

Texto adaptado de Centro de Referências em Educação Integral

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