26 de outubro de 2017
De acordo com Fernando Reimers, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Harvard, “a cidadania global deve ser um ponto chave da educação”. Confira as ideias do educador no post do nosso parceiro Centro de Referências em Educação Integral.
“A educação para a cidadania global é essencial para a criação de um mundo sustentável – um mundo sem pobreza ou fome e onde todos têm acesso à saúde e à educação”.
É com essa conclusão que o educador Fernando Reimers abre seu livro Empoderar crianças e jovens para a cidadania global, lançado em português no final de setembro, durante o Seminário Cidadania Global, em São Paulo.
Na obra, Reimers reflete sobre o modelo escolar que temos hoje e propõe mudanças no currículo com o objetivo de empoderar os estudantes para que entendam o mundo em sua complexidade e contribuam para um futuro mais sustentável. De acordo com o educador, as escolas precisam dar formação para que crianças e adolescentes compreendam o mundo para além da realidade na qual estão inseridos.
Nesta perspectiva, Reimers construiu um currículo completo – da Educação Infantil ao Ensino Médio – que contempla atividades e referências para tal formação e defende a importância do papel da escola para que crianças e adolescentes compreendam o mundo para além da realidade que estão inseridos.
Partindo-se da premissa que as escolas públicas devam ser espaços de promoção da cultura de paz, Reimers diz ainda que falar sobre política, sustentabilidade e direitos humanos em sala de aula é essencial para proporcionar a formação completa dos alunos. “O estudante precisa entender o que é trabalhar para reduzir a pobreza, promover a paz e reduzir a intolerância”, diz.
Logo, as escolas precisam pensar em uma reforma educativa e desenvolver um plano de estratégias para adotar práticas de cidadania global. O primeiro passo é oferecer espaços e suporte dentro da escola para que os professores desenvolvam esse trabalho.
Para isso, aconselha a criação de uma equipe de docentes para estudar o tema e fazer a articulação da escola com o território. “É preciso abrir a escola para o estudo e a compreensão dos problemas da comunidade”, recomenda.
A partir da comunicação com outros setores da sociedade, os professores podem trabalhar com as crianças os mais diversos temas.
Assim, ao repensar as relações do homem com o meio ambiente e apresentar outras realidades de forma a combater a intolerância, os alunos chegam cada vez mais perto de se tornarem cidadãos globais.
Se você é um profissional da educação, como vê um projeto deste porte? Pais, mães, avós e tios, vocês gostariam que a escola da criança com a qual você convive ofertasse oportunidades para pensar sobre questões relacionadas à cidadania? Compartilhe com a gente!