28 de janeiro de 2019
Conheça nesse post como funcionam esses espaços de trocas, que apresentam às crianças práticas que convidam à convivência comunitária, à diminuição do consumo e à sustentabilidade!
Datas comemorativas são marcos no calendário que celebram momentos especiais para as pessoas, seja em nível mais individual, como os aniversários, casamentos e formaturas, seja em nível coletivo, homenageando fatos históricos que se tornaram simbólicos ao longo do tempo. Fato é que com a chegada da modernidade esses períodos foram sendo associados à compra de presentes como uma forma de conferir valor a essas datas por meio do consumo.
Você já parou para pensar quantos desses presentes são adquiridos e acumulados a cada nova festividade? Isso sem falar na rapidez com que são substituídos, já que muitos são feitos de maneira que cumpram um rápido papel na vida de alguém.
Foi pensando nisso e na possibilidade de reciclarmos os nossos pertences que surgiram as feiras de trocas pelo mundo afora. As primeiras delas aconteceram no Canadá, no ano de 1980. No Brasil, apenas no ano de 2012 elas começaram a ser mais populares, mas vêm ganhando cada vez mais lugar em praças e espaços abertos, principalmente para promover o intercâmbio de brinquedos entre as crianças.
O ato de trocar objetos nos faz pensar nas várias coisas que possuímos, mas que estão inutilizadas dentro de casa. Com isso vem a possibilidade de repassar roupas, livros, objetos decorativos, brinquedos etc. que não servem mais para nós, mas que tranquilamente podem interessar a outras pessoas. Essa é uma forma de fazer circular os nossos bens materiais, podendo renová-los de tempos em tempos, sem com isso produzir mais lixo para o nosso planeta.
Adotar essa prática não quer dizer que eventualmente não possamos fazer compras. O resultado é uma reflexão nos leva a tomar escolhas mais conscientes e diversificadas, e isso vale para todas as faixas de idade. Assim, quando nos sentirmos atraídos por uma vitrine ou propaganda, pensaremos se realmente precisamos daquilo ou se é apenas de um desejo passageiro.
Aqui vai uma sugestão: que tal juntar os amigos e conhecidos para conversar sobre como vocês podem organizar uma feira de trocas? Pode ser na escola, no condomínio, no bairro, entre pessoas da própria família, enfim… Escolham uma data ideal para que todos possam participar e um lugar adequado onde ela possa ocorrer. Depois separem os materiais que entrarão na brincadeira – desde que estejam em bom estado. Levem uma toalha ou canga de praia sobre as quais possam estender e apresentar os objetos. Depois, é só negociar!
Cada objeto possui o seu valor, que nem sempre é monetário, mas muitas vezes afetivo. Desse modo, se a criança quiser trocar um robô ultra tecnológico por um quebra-cabeça, permita que ela faça essa escolha, deixando-a livre para pensar no que chama mais a sua atenção e desperta sua curiosidade! Essa é uma ótima oportunidade para ela aprender a fazer acordos, lidar com sentimentos que envolvem o desapego, a solidariedade e o reaproveitamento das coisas à sua volta.