16 de dezembro de 2015
O tempo e os momentos de uso de smartphones por parte dos pais foi foco de uma pesquisa. Confira, aqui, os resultados numéricos desta pesquisa.
Sempre que trazemos conteúdos envolvendo o uso das tecnologias por parte das crianças, chamamos atenção para a importância de que esta interação ocupe um mínimo tempo de suas rotinas diárias, como aqui, aqui e aqui. Afinal, brincar, interagir com outras crianças e com adultos, ouvir histórias, praticar atividades físicas são mais importantes para o desenvolvimento infantil.
Também costumamos apontar a relevância dos modelos adultos nas aprendizagens das crianças, como aqui e aqui: muito do que fazem e dizem depende dos modelos com os quais convivem.
Uma recente pesquisa realizada pela AVG – empresa especializada em segurança online – mostra que os adultos não estão sendo os melhores modelos quando o assunto é o uso excessivo das tecnologias.
Os dados coletados permitem concluir, algo bastante alarmante: a tecnologia está afetando de maneira desfavorável a relação entre pais e filhos. Confira, a seguir, alguns números, publicados no site da Revista Crescer:
71% dos pais entrevistados acreditam que checam demais seu spmartphone e 87% dos filhos concordam com eles.
Dentre os hábitos considerados mais problemáticos estão:
65% dos pais distraem-se com seus celulares mesmo enquanto conversam com os filhos, 50% dos filhos concordam com isso e 74% fazem o mesmo (olham os celulares enquanto conversam com os pais);
48% dos pais usam os celulares durante o jantar, 28% das crianças concordam e 49% fazem o mesmo;
29% dos pais usam os celulares enquanto brincam com seus filhos, 33% das crianças concordam e 59% delas fazem o mesmo;
29% assumem não dar bom exemplo aos filhos em relação ao uso das tecnologias e 24% das crianças concordam com isso.
A tecnologia faz parte de nossa vida diária, e das crianças também. Isso é um fato e precisamos pensar em formas de lidar com ele. O equilíbrio é sempre uma boa opção! É fundamental que os pais destinem um tempo para interagir com as crianças, efetivamente, sem celulares, tablets ou mesmo TV’s. Os momentos de brincadeiras, conversas e refeições, por exemplo, são sempre ótimas oportunidades para favorecer esta interação! Além disso, não se pode perder de vista os modelos que são os pais frente às crianças: o que fazem tende a ser mesmo replicado pelos pequenos. Por isso, cabe a reflexão constante: estamos sendo os melhores modelos no uso das tecnologias? O que estamos ensinando às crianças sobre isso? E o que elas estão aprendendo?