Já parou para pensar sobre o que é uma criança? Do que ela precisa para viver e se desenvolver? O que se espera dela socialmente? Qual o lugar dela na família? Será que sempre foi assim? Saiba mais sobre a história da infância na nova série de posts do Toda Criança Pode Aprender!
Você sabia que nem sempre a infância teve a importância e visibilidade que tem atualmente? Em outras épocas havia pouco conhecimento sobre o desenvolvimento da criança e menos interesse em explorar este assunto. Conhecer a forma como tal tema era considerado em outros tempos é bastante importante para entender o modo que pensamos sobre a criança hoje. Para isso, exploraremos algumas formas de organização pela qual a família ocidental européia passou, pois no Brasil recebemos influências diretas e indiretas destas formações.
Existem muitas maneiras de se pensar sobre os movimentos de mudança que ocorreram em relação às formas de se considerar a infância. É possível enfocar o assunto, por exemplo, por meio de um viés mais psicológico, sociológico ou político. Utilizaremos uma abordagem histórica para pensar sobre o tema, tendo como base o trabalho de Mark Poster, professor de Estudos sobre História, Filme e Mídia na Universidade da Califórnia e autor do livro “A teoria crítica da família” (1978).
Organizaremos a série de posts “A Infância ao Longo do Tempo” cronologicamente, da seguinte maneira:
A infância ao longo do tempo #1 (a criança nas famílias aristocráticas do Antigo Regime – séculos XVI e XVII): Você sabia que nesta época, os filhos de nobres eram cuidados principalmente pelos criados, pois os pais não se ocupavam muito deles? Não havia, como hoje em dia, uma distinção clara entre ser adulto e ser criança e muitas vezes os mais velhos tratavam os menores de forma violenta como se estivessem em um impasse com outro adulto voluntarioso!
A infância ao longo do tempo #2 (a criança nas famílias camponesas do Antigo Regime – séculos XVI e XVII): O modo de vida dos camponeses era muito diferente do que estamos acostumados hoje em dia. Nas aldeias, as decisões eram tomadas coletivamente e a educação e o cuidado com as crianças não estava apenas nas mãos dos pais, mas sim de toda a comunidade.
A infância ao longo do tempo #3 (a criança nas famílias burguesas – século XIX): Foi na época da burguesia que as famílias se estruturaram de uma forma mais parecida com a que conhecemos hoje. O amor materno começou a ser extremamente valorizado e a educação recaiu essencialmente nas mãos dos pais, cuja autoridade sobre os filhos era ilimitada.
A infância ao longo do tempo #4 (a criança nas famílias operárias – século XIX): Nas famílias operárias as condições de vida no começo da Revolução Industrial eram extremamente precárias. Em meio a este contexto, as crianças eram consideradas como um peso, uma boca a mais para alimentar e também como força de trabalho. Muitas ajudavam desde cedo nas fábricas ou eram criadas nas ruas.
A infância ao Longo do Tempo #5 (a criança na família moderna – século XX e XXI): Pensaremos, aqui, sobre as novas formas de organização familiar e o impacto que isso tem sobre a infância atualmente. Como pensamos sobre criança hoje? Como os outros modelos de organização social e familiar interferem na visão que temos?
Ficou curioso? Acompanhe nossa série de posts para saber mais sobre o assunto! Esperamos seus comentários, sugestões e curiosidades!