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Criança e consumismo

Imagem retirada de Pixabay
6 de dezembro de 2017

Em entrevista ao programa de rádio Repórter Mambembeiro, da EBC, Mariana Sá, do Movimento Infância Livre de Consumismo, fala sobre o tema e sobre seus impactos na infância e ao longo da vida.

O final de ano se aproxima e com ele também chegam as festas natalinas que, assim como outras datas comemorativas ao longo do ano, são permeadas por doses excessivas de consumo. As propagandas de produtos e de presentes nas mídias ganham ainda mais espaço e instigam a comprar e comprar.
No caso das crianças, que usualmente são as mais presenteadas no mês de dezembro, qual será o impacto desse consumismo? Você já parou para pensar sobre isso? E já conversou sobre esse tema com as crianças com as quais interage?

O Repórter Mambembeiro, programa de rádio da EBC destinado ao público infantil, trouxe esse tema à tona no mês de outubro, quando acontece o dia das crianças, que é outro foco intenso de consumo direcionado aos pequenos. Em entrevista ao programa, Mariana Sá explica para as crianças que o consumismo é “o excesso de consumo”, ou seja, quando passamos a comprar produtos sem que precisemos de fato, partindo de uma crença de que essas novas aquisições nos farão mais felizes.

Esse desejo intenso por comprar, seja no caso de crianças, seja no caso de adultos, pode gerar uma situação de compulsão. Para as crianças, por exemplo, o ato de adquirir um brinquedo pode ser mais prazeroso do que a brincadeira a ser feita com ele.

Mariana sugere que é justamente nessas datas comemorativas que seria possível realizar um trabalho educativo com as crianças de forma mais sistemática combatendo o consumismo. Por exemplo: antes da criança pedir algo no seu aniversário, dia das crianças ou Natal, ela pode checar os brinquedos que já possui e pensar se é algo que utiliza cotidianamente, se está esquecido no armário ou na caixa onde fica guardado. Isso permite conversar com as crianças sobre a necessidade de uma nova compra ou ainda sobre a possibilidade de doar ou participar de feiras de trocas, cada vez mais frequentes nestes períodos festivos.

Esses momentos também permitem resgatar a construção de brinquedos simples, feitos manualmente em parceria com familiares, o que pode instigar uma maior interação entre a crianças e seus pais e ampliar o vínculo afetivo, por exemplo, assim como aproximar as crianças de sua cultura por meio das brincadeiras populares.

É importante considerar que, assim como outras atitudes, consumir de forma excessiva não é algo que nasce com a criança. É, sim, fruto de aprendizagens construídas nas situações que ela vivencia desde pequena e nas referências dadas pelos adultos com os quais convive mais diretamente.
O que você acha de aproveitar a proximidade de mais uma data comemorativa para promover essas reflexões sobre o consumismo e experimentar algo diferente com as crianças?

Para ouvir a entrevista de Mariana Sá na íntegra, acesse aqui.

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