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Diferenças de gênero no Brasil: alguns dados para muitas reflexões

7 de dezembro de 2016

Dados do Fórum Econômico Mundial sobre a desigualdade de gênero apontam o Brasil numa situação bastante desfavorável: qual a relação disso com a educação das crianças?

No final do mês de outubro, o “Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2016”, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, indicou que o Brasil atingiu péssimos índices em boa parte dos critérios. O Índice Global de Desigualdade de Gênero avalia o progresso dos países na busca pelo “equilíbrio entre homens e mulheres”.

Vamos conhecer alguns desses dados em relação ao Brasil?

– no critério desigualdade salarial, o Brasil ocupou o 129º lugar, dos 144 países integrantes da pesquisa. Estima-se que essa equiparação salarial leve aproximadamente 95 anos para ser conquistada;

– no critério de salários em cargos executivos, a diferença salarial aqui chega a 50%. Uma diferença maior só foi atingida por outros 6 países;

– sobre a presença de mulheres no mercado de trabalho, ocupamos a 67º posição.

Em outros critérios, como política e alguns aspectos sociais, a previsão para que haja uma melhora substancial é de 104 anos.

Nos últimos dez anos, boa parte dos países latino-americanos obteve progressos significativos em relação à equiparação entre gêneros, mas isso não ocorreu no Brasil que lá ocupava a 67º posição.

São mesmo dados desanimadores! Mas, qual a relação que isso tem com a infância? As crianças de hoje integram essa e ajudarão a construir as próximas gerações e sabemos que a desigualdade de gêneros se inicia já no mundo infantil, desde as brincadeiras e brinquedos “de meninos” e “de meninas” até os papéis sociais ou profissões marcadas por esse estereótipo: cuidar da casa é algo a ser aprendido “pelas meninas”; as áreas como ciência e matemática são “para meninos”. Cabe a nós, que interagimos com as crianças hoje, promovermos oportunidades e aprendizagens que quebrem com esses estereótipos e permitam que mais adiante os índices brasileiros possam ser bem diferentes dos que apresentamos aqui.

Informações extraídas de economia.estadao.com.br/blogs

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