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E quando o caminho para a escola é percorrido de bicicleta?

Imagem retirada de Catraquinha.
Em parceria com Catraquinhaicone-link-externo

O Catraquinha é fruto de uma parceria entre o Instituto Alana e o Catraca Livre. O site reúne informações interessantes para pais, educadores e familiares – de agenda cultural a projetos transformadores para a infância – com o intuito de empoderá-los para que interfiram positivamente no desenvolvimento das crianças, deixando-as exercer em sua plena potência a criatividade e a autonomia.

14 de julho de 2016

Crianças a partir de 5 anos, em Odense, na Dinamarca, percorrem o caminho entre a casa e a escola, e vice-versa, de bicicleta. Que condições a cidade precisa oferecer para tornar esse trajeto seguro? Veja o que apresentou nosso parceiro Catraquinha.

Já tratamos em posts, como aqui, sobre a independência e a autonomia dada a crianças pequenas em determinadas culturas para circular pelo espaço urbano. Vejamos mais um exemplo.

Na cidade de Odense, na Dinamarca, com 190 mil habitantes, quatro entre cinco crianças vão para a escola a pé, de bicicleta ou skate. O objetivo das autoridades é fortalecer a cultura de uso de meios de transporte alternativos ao carro desde cedo, e também garantir a segurança das crianças em seu trajeto.

Ainda na educação infantil, as crianças são ensinadas a andar de bicicleta dentro do pátio. Além disso, a cidade criou um programa chamado “Cycle Happy School” (ou Pedale Feliz para a Escola, em tradução livre) para ensinar as crianças como se comportar no trânsito. Segundo a responsável pelo trânsito, Connie Juel Clausen, Odense conta com 545 quilômetros de ciclovia para os 1000 quilômetros de ruas existentes. Nos cruzamentos de ruas mais movimentadas, há túneis ou pontes onde a passagem de carros é proibida. “Acreditamos que semáforos não são tão seguros para crianças”, explica Connie.

Para se ter uma ideia, em algumas escolas é proibido estacionar carro na entrada. “Não é seguro para as centenas de crianças que chegam a pé ou de bicicleta”, explica Lars Christian Eriksen, diretor de uma escola local, em entrevista para o Washington Post.  A filha de Connie vai de bicicleta para a escola desde os 6 anos. “Claro que depende da responsabilidade e conhecimento de cada criança”, confessa, “mas a maioria das escolas têm esquema inteligente que torna a viagem muito segura”, explica a mãe e também responsável pelo trânsito na cidade.

Muito se tem a refletir sobre esse tema. Numa primeira impressão, podemos considerar que se trata de uma cidade pequena e que, por isso, a possibilidade de circulação das crianças pelas ruas se coloca viável. Porém, também podemos levar em conta que elaborar planos de ação dentro de bairros, por exemplo, tornaria essa circulação igualmente segura em cidades maiores. Cabe a nós, enquanto cidadãos, cobrar ações governamentais nesse sentido, mas também agir. Em muitas outras localidades é a própria população quem se mobiliza para oferecer condições para que as crianças façam pequenos trajetos com mais autonomia, monitoradas pelos adultos e não acompanhadas por eles passo a passo. Você conhece alguma ação nesse sentido? Se sim, envie para compartilharmos por aqui!

Com informações do The Green Post.

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