Educadora levanta questões sobre o uso de Ritalina na infância | Labedu
Casos e Referências

Educadora levanta questões sobre o uso de Ritalina na infância

Imagem retirada de Pixabay
15 de outubro de 2018

Saiba mais!

Já falamos aqui e aqui sobre alguns dos cuidados fundamentais quando pensamos nos diagnósticos realizados ao longo da infância e no uso de medicações para resolver certas questões. O excesso de casos de TDAH que parece estar despontando nos dias atuais, por exemplo, aponta para a necessidade de repensarmos criticamente a forma como tal quadro é identificado, levando em consideração as oportunidades que oferecemos às crianças para que se desenvolvam no dia-a-dia e que expectativas temos delas.

O uso de medicamentos também merece um olhar questionador, com atenção às especificidades de cada situação. Será mesmo que é preciso tratar certas situações e comportamentos com uso de remédios? O que mais pode estar envolvido nisso, além de questões orgânicas? Em quais momentos oferecemos aos pequenos liberdade para se expressar, se movimentar, brincar e experimentar? Será que de fato a agitação que algumas crianças apresentam deve ser considerada como doença a ser tratada? Que efeitos colaterais as medicações podem ter sobre o desenvolvimento infantil?

A educadora Lygia Viégas, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), chama a atenção para diversos pontos importantes dessa discussão no vídeo a seguir:

Afinal, será que precisamos adaptar as crianças à escola? Ou deveríamos fazer dela um lugar mais favorável para a infância? Nós, do Toda Criança Pode Aprender, acreditamos na potência da escola para o desenvolvimento infantil, considerando a inserção da criança na cultura, as trocas sociais e afetivas e a produção de conhecimento que lá ocorrem. Há um tanto disso que exige transformações, esforços e elaborações da criança. Porém, as instituições educacionais precisam respeitar o ritmo infantil e as particularidades de cada criança, pois esse é um espaço destinado a atendê-las da melhor forma possível. Assim, é preciso que as escolas tenham flexibilidade e criatividade para questionar suas práticas e reinventar constantemente as maneiras de atuar.

 

Compartilhe
TEMAS

Posts Relacionados

Outros posts que podem interessar