24 de agosto de 2017
Esse foi o título dado por um garoto de 12 anos, com o diagnóstico de autismo, à sua animação, gravada com desenhos próprios para falar sobre o que sente.
No mês de maio, o canal do YouTube “De criança para criança”, que já foi apresentado em um de nossos posts (aqui), fez um convite muito especial para Luís Schenk, de 12 anos. Idealizadores do canal viram alguns desenhos postados no Facebook da mãe do menino e tiveram a brilhante ideia de chamá-lo para perto, a fim de trazer o seu olhar para compor o universo infantil do canal, que é narrado pelas próprias crianças.
O programa, que busca dar vida às produções dos pequenos que arquitetam cenários, personagens, roteiros e desenhos para contar suas histórias, transforma essas criações infantis em curtas-metragens animados, valorizando suas inventividades. Eles ficam extremamente orgulhosos quando veem os seus trabalhos prontos, por terem os participado ativamente. E foi com o intuito de garantir a diversidade e a inclusão das muitas formas de ser criança que Luís Schenk tomou a palavra no vídeo “Emoções no autismo”. Na animação, ele conta como experimenta determinadas sensações que fazem parte do seu dia a dia.
Poder dar nome e compreender suas emoções vem sendo uma tarefa constante nesse momento da vida de Luís. Ele também tem trabalhado essas questões em terapia, o que o ajudou bastante a elaborá-las e as expor de maneira singela no vídeo abaixo:
Dar a vez aos pequenos para se aventurarem nesse projeto é também apostar em suas capacidades, abraçando jeitos diferentes e muito singulares de se exprimir uma ideia, dizer uma frase, desenhar um personagem e dar asas à sua imaginação. Trabalhar a inclusão de crianças desta forma, além de chamar atenção para histórias bacanas e dividi-las com outras crianças, inspira e dá coragem àqueles que se sentem incompreendidos ou que alguma vez não acreditaram ser possível estar integralmente em um grupo que os respeita e acolhe do jeito que são.
Como bem concluiu o Luís ao final de seu vídeo:
“Eu estou aprendendo que todo mundo fica bravo, com medo, confuso e triste, às vezes. Falar sobre meus sentimentos me ajuda a entender que minhas ações impactam os outros. E assim fica mais fácil para eu fazer amigos”.
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