23 de abril de 2019
O modelo educacional foi pensado em Oklahoma City, no meio-oeste dos Estados Unidos.
Desde 1989, a escola Positive Tomorrows (Amanhãs Positivos, em tradução livre) promove a proposta específica de receber crianças em situação de rua, ou seja, sem acesso a moradia, vestuário e meios de transporte.
Já que a cada dia as crianças dormem em um lugar diferente, um ônibus escolar os busca onde estiverem, bastando informar o local por telefone. No colégio, eles ainda podem usufruir de produtos de higiene pessoal, roupas e calçados para se vestirem e circularem pelos entornos de maneira confortável. Refeições nutritivas e gratuitas também são oferecidas para que seus corpos se desenvolvam e a fome não os impeça de aprender.
Toda a família participa
Trabalhar com as famílias dessas crianças é uma das bases do projeto, questão fundamental para fortalecer uma estrutura de segurança, apoio e estabilidade. Para tanto, antes de mais nada as famílias recebem a ajuda de programas para investir em um abrigo, roupas e alimentos. Em seguida, são acompanhados no desenvolvimento de habilidades que os permitam sair em busca de emprego e dar continuidade a esse processo. Manter uma relação com os pais e aproximá-los da escola, convidando-os a participar das atividades, das reuniões e decisões comunitárias acaba não só valorizando a presença deles como os mantêm ativos em suas relações sociais. Além disso, propicia aprendizagens que acabam funcionando como pontes que os conectam a lugares novos e que despertam a curiosidade.
Inicialmente mantida pela parceria com ONGs e o setor público, hoje a escola é sustentada por doações provenientes de empresas e pessoas físicas.
Obstáculos desiguais para crianças em situação de rua
Estima-se que mais de 150 milhões de pessoas ao redor do mundo encontram-se em situação de rua e cerca de 1,6 bilhões vivem em situações precárias. O intuito do colégio Positive Tomorrows sempre foi poder oferecer a jovens em situação de vulnerabilidade um bom aproveitamento pedagógico, “removendo as barreiras” que a suas condições sociais lhes impõem diariamente e buscando promover acesso a oportunidades por meio de um formato educacional consciente.