6 de fevereiro de 2014
Em lugar de se desesperar ou acreditar que uma criança não tem jeito, melhor saber que quando ela se comporta mal também está aprendendo. E também com a reação dos adultos!
Claro, não é normal uma criança que faz pirraça para tudo e, para evitar isso, existem conversas, combinados e limites. Mas o que a psicóloga Becky Bailey em seu livro “Easy to Love, Difficult to Discipline” (Fácil de amar, difícil de disciplinar, ainda sem tradução em português) explica é que as crianças precisam mesmo dizer “não” para se desenvolverem.
Os pequenos precisam ser “negativos” em certas situações para testar os limites e as regras sociais, exatamente como um adulto. Aos dois anos, por exemplo, estão aprendendo a se diferenciar de seus pais como um ser independente. Além de aprender a usar o “eu”, o pequeno também diz “não” e declara tudo como dele, exatamente para se diferenciar e entender o que não é ele e o que não é dele.
Aos três, segundo a autora, os pequenos fazem tudo para persuadir os mais velhos e até os oito classificam as coisas e as pessoas. “Não é justo” é um dos argumentos que as crianças mais usam para classificar os eventos ao seu redor. Em todos os estágios, a criança pode e vai assumir uma atitude negativa e desafiadora, o que é natural. A sua resposta é que vai ensinar às crianças o que fazer com isso.
Responder com mais briga só vai ensinar aos pequeninos a serem mais combativos. Parece óbvio, mas na hora do “faniquito”, pais que perdem o controle ensinam a seus filhos a se sentirem mal pelas próprias atitudes e chamar a atenção para todo o lado negativo.
Em seu livro a autora explica que o interessante é tentar atribuir algum valor positivo à intenção da criança. “Você quis dizer que consegue brincar sozinho, então me beliscou”. Mas essa é a hora de uma lição positiva e um limite: “Você não pode beliscar, isso machuca. Quando quiser fazer algo sozinho, basta dizer que quer fazer isso sozinho”. Parece simples, mas pode demandar uma dose cavalar de paciência. Lembre-se que vale a pena manter a calma quando o assunto é passar uma mensagem positiva no aprendizado das crianças.
E você? Como lida com as malcriações de seu pequeno?
Opine!