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Sobre crianças refugiadas – e desacompanhadas!

Imagem retirada de Pixabay.
12 de abril de 2017

Por não terem como arcar com os custos, famílias que vivem em situações de guerras e conflitos enviam seus filhos sozinhos, como refugiados, para a Europa. O que isso significa para essas crianças e adolescentes?

Preste atenção a estes números, extraídos de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo:

– dos 7,7 milhões de imigrantes impedidos por uma cerca de entrar na Hungria, 10% são crianças e adolescentes desacompanhados, ou seja, que viajaram sozinhos e suas famílias ficaram na região de origem;

– 3,1 mil crianças e adolescentes vivem em campos de refugiados na Sérvia, em temperaturas de -3°C;

– deste grupo, 1 mil tem menos de 6 anos;

– de acordo com a ONG Save The Children, dos cerca de 100 imigrantes que entram diariamente na Sérvia, 30% são crianças ou adolescentes;

– dos 17 centros de acolhida aos imigrantes na Sérvia, apenas 7 deles possuem os serviços de atendimento mínimo para crianças e adolescentes.

Já discutimos no Toda Criança Pode Aprender, como aqui e aqui, a situação de crianças e adolescentes que vivem em zonas de conflitos e guerras ou como refugiados. Porém, também é impactante pensar que muitos deles são enviados sozinhos para outro país, empreendendo viagens longas e perigosas, sem falar outra língua que não a materna. Em alguns casos, irmãos mais velhos, entre 10 e 16 anos, são encarregados de levar os menores e se responsabilizarem por eles: “eles não falam inglês, não sabem exatamente onde estão, nem qual será o próximo passo” (reportagem O Estado de S. Paulo).

Segundo Tatiana Ristid, da ONG Save The Children, “a missão é um peso muito grande para alguns deles. Muitos têm pesadelos constantes e sofrem com crises de ansiedade. Fora dos centros oficiais de acolhida, são comuns casos de abusos sexuais e exploração.” (reportagem O Estado de S. Paulo).

Que infância e adolescência podem ter nessas condições? O que significa para essas crianças e adolescentes estarem distantes da família, sem poderem retornar para casa e sem perspectivas de reencontro com seus parentes? O que significa viverem sob total incerteza, em campos e centros de acolhida?

Para ler a reportagem na íntegra acesse aqui.

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