23 de maio de 2016
A consultora em temas de educação Gisela Wajskop* nos ajuda a refletir sobre a especificidade do brincar ao longo da infância.
Brincar é mesmo parte da infância e precisa ser algo muito valorizado por nós, afinal, é por meio das brincadeiras que a criança desenvolve aspectos relacionados à linguagem, à expressão corporal, à socialização, à cooperação e ao respeito, entre outros. Mas como será que brincam os bebês? E as crianças maiores? Será que a interação com o outro ao brincar é importante ao longo de toda a infância?
Para que possamos pensar mais sobre o tema, contamos com a ajuda de uma especialista, Gisela Wajskop, que em entrevista dada ao Toda Criança Pode Aprender discorreu sobre as particularidades da brincadeira e sobre como ela evolui ao longo da infância, considerando as crianças de 0 a 6 anos.
Antes de tudo, Gisela alerta “que é muito difícil fazer essa distinção, pois essas diferenças dependem muito dos contextos e meios culturais nos quais as crianças vivem.” Há, porém, um processo evolutivo no brincar que pode ser dividido em “três blocos de características que muitas vezes podem andar juntas.”
Importa reiterar que, em muitos momentos da infância, vê-se o brincar com características dessas diferentes fases citadas por Gisela, o que indica tanto a complexidade da brincadeira quanto o fato de que não se constituem em momentos estanques, mas intimamente interligados, conectados: a brincadeira evolui exatamente como ocorre com os outros aspectos no desenvolvimento infantil.
Gisela Wajskop respondeu também perguntas sobre a relação entre o brincar e a aprendizagem da linguagem, e você pode conferir aqui as colocações feitas por ela.
*Gisela Wajskop é consultora em educação e atualmente participa do Núcleo de Estudos e Pesquisas e Desenvolvimento Profissional Docente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação: Formação de Formadores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É também pesquisadora-colaboradora internacional do NOW – Northern Oral Language and Writing Through Play, do Ontario Institute for Studies in Education da Universidade de Toronto.
Para saber mais:
Brincar: Zero a seis anos. Gisela Wajskop. Suplegraf Editora.