24 de outubro de 2013
“Um dia visitando uma escola vi uma menina de seis anos concentradíssima desenhando. Perguntei-lhe: “O que desenhas?”. Ela me respondeu: “o rosto de Deus”. “Ninguém sabe como é”, observei. “Melhor – disse ela sem deixar de desenhar – agora saberão”. (Sir Ken Robinson)
Ken Robinson, nomeado cavaleiro do Império Britânico por seus serviços à educação, afirma que criatividade se aprende como se aprende a ler.
Com o exemplo citado acima, Robinson indica que as crianças não têm medo de errar até que o sistema as ensine, pouco a pouco, que o erro existe e que devem envergonhar-se dele.
Segundo ele, “a menina que desenhava nos dá uma lição: se não está preparado para equivocar-se, nunca acertará, só copiará. Não será original”.
A educação deveria ajudar a todos e a cada um encontrar seu potencial, e na verdade o que tem sido feito é estigmatizar o erro, deixando de incentivar que as crianças se arrisquem. Incentivamos demasiadamente a passividade, o conformismo e a repetição.
A criatividade não está nos genes. Ela não é privilégio de poucos e também pode se aprender a ser criativo mesmo depois de o sistema tê-lo feito desaparecer.
Em uma entrevista, afirma ainda que a educação (e entendemos aqui que não é só a educação escolar) deveria ser focada na “área onde nossas capacidades e desejos convergem com a realidade. Quando a alcançamos a música do universo ressoa em nós, uma sensação a que todos somos chamados”.
Será que estamos possibilitando às crianças ouvir essa música?
O que necessitamos fazer?
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