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A criança pode se responsabilizar pela própria alimentação?

Imagem retirada de Pixabay.
19 de outubro de 2016

Já tratamos aqui de algumas ideias presentes no vídeo de Luis Antonio, garoto de 3 anos que se questiona sobre sua refeição numa conversa emocionante com a mãe. Vamos nos debruçar sobre mais algumas reflexões que ele nos permite explorar, como a questão vegetarianismo e da autonomia da criança escolher o que come?

A partir do momento em que se dá conta de que o polvo no seu nhoque teve de ser morto para chegar até lá, o garotinho se lembra de outros animais que provavelmente passaram pela mesma situação com a finalidade de nutrir os seres humanos, como a galinha, a vaca, o porco, o peixe… “Eu não gosto que eles morrem. Gosto que eles fiquem em pé e feliz”, “Esses animais a gente tem que cuidar deles, não comer”, ele diz.

É muito importante que as crianças possam se conscientizar sobre as origens e os processos envolvidos na nossa alimentação, entendendo que um dia muitas mãos tiveram de plantar, cuidar, colher, abater, processar, transportar, preparar, até que a comida chegasse à nossa mesa. Falar abertamente sobre isso com elas faz parte do processo educativo, ensinando valores, como a natureza fabrica e nós transformamos muitas coisas para viver, a importância de cuidarmos do nosso corpo ao nos alimentarmos, como isso nos dará energia para crescer e nos movimentarmos pelo mundo, entre outros temas fundamentais presentes nesse discurso e que, pouco a pouco, vão trazendo responsabilidade e implicação dos pequenos a respeito da própria alimentação.

Não podemos, porém, perder de vista que a criança está em plena formação, e é essencial que o adulto a auxilie nesse processo, escutando o que ela tem a dizer, entendendo seus gostos e preferências, mas frisando aquilo que julga ser importante para que tenha uma dieta balanceada e saudável, capaz de fornecer todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento satisfatório. Quanto mais rico e diversificado for o seu prato, melhor será essa refeição.

Em relação ao consumo da carne, sabemos que sua proteína pode ser substituída por proteínas vegetais, como a quinoa, o feijão, a lentilha, o grão de bico, ovos, mas o mais aconselhável é que se procure um(a) nutricionista de confiança para montar um cardápio completo e bem nutritivo para a criança, se esse tipo de questionamento vier a aparecer.

E você o que pensa desse assunto? Compartilhe conosco suas experiências com as crianças na hora de comer!

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