China cria centros de reabilitação para crianças que dedicam muitas horas às telas eletrônicas | Labedu
Casos e Referências

China cria centros de reabilitação para crianças que dedicam muitas horas às telas eletrônicas

Em parceria com Catraquinhaicone-link-externo

O Catraquinha é fruto de uma parceria entre o Instituto Alana e o Catraca Livre. O site reúne informações interessantes para pais, educadores e familiares – de agenda cultural a projetos transformadores para a infância – com o intuito de empoderá-los para que interfiram positivamente no desenvolvimento das crianças, deixando-as exercer em sua plena potência a criatividade e a autonomia.

13 de agosto de 2015

Cada vez mais as crianças, inclusive com menos de 2 anos de idade, ficam expostas à televisões e tablets, por exemplo. Que tipo de problemas isso pode causar? Saiba o que o site Catraquinha divulgou recentemente sobre este tema. 

 

Smartphone, tablet, computador, televisão. Cada novidade do mercado de tecnologia dificulta mais o controle do tempo que as crianças dedicam às mídias digitais. Entretanto, o uso exagerado desses dispositivos pode causar problemas às crianças e famílias.

De acordo com uma reportagem da Folha de S.Paulo, médicos da China, país em que as crianças costumam passar horas expostas às telas eletrônicas, consideraram  que o fenômeno é um transtorno clínico e criaram centros de reabilitação em que as crianças ficam isoladas de todos os tipos de mídia por meses. A eficácia do tratamento ainda não foi comprovada.

A  Academia Americana de Pediatria constatou que a criança americana de oito a dez anos passa em média 8 horas por dia interagindo com mídias eletrônicas sendo a televisão a mais predominante.

A recomendação da Academia é que até os dois anos a criança não seja exposta a nenhum tipo de tela porque “o cérebro nessa idade se desenvolve muito rapidamente e a criança aprende mais interagindo com pessoas, não com telas”.  Igualmente, as crianças mais velhas não deveriam gastar mais de duas horas por dia com eletrônicos.

“Estamos dando distrações às crianças, em vez de ensiná-las a se acalmar”, disse Catherine Steiner-Adair, psicóloga clínica de Harvard.

Quando usados de forma excessiva, esses dispositivos fazem com que problemas de natureza social, psicológica, educacional e biológica se desenvolvam cada vez mais cedo. Obesidade infantil, dificuldades na hora de dormir, no aprendizado e em atividades criativas estão na lista desses malefícios.

No Brasil, o Instituto Alana discute essa questão e trabalha para difundir informações sobre a mídia eletrônica  e a publicidade na vida das crianças. Conheça o projeto Criança e Consumo.

Outra questão preocupante é que quanto mais tempo na frente da televisão, maior a quantidade de publicidade que a criança entra em contato. A publicidade dirigida ao público infantil contribui para o agravamento de questões como obesidade infantil, erotização precoce e consumo de álcool e tabaco, estresse familiar, violência e diminuição do brincar. Considerando também que a criança brasileira é a que passa mais tempo na internet (Softwares Symantec, 2010), sobra pouco tempo para brincar, estudar e assim se desenvolver plenamente.

Como pontuamos tantas vezes, como aqui e aqui, a tecnologia é muito bem vinda, mas a interação com outras pessoas e a brincadeira não podem ser substituídas por qualquer uma dessas mídias. Então, cuidar do equilíbrio de atividades no dia a dia das crianças é fundamental!

Compartilhe
TEMAS

Posts Relacionados

Outros posts que podem interessar