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Colecionar, organizar e aprender sobre folhas e plantas

Imagem retirada de Unsplash (créditos atribuídos a Juliana Malta)
5 de dezembro de 2018

Diversão, interação social e aprendizagem: um pouco do que podemos extrair da organização de uma coleção de folhas.

Colecionar é uma atividade lúdica que favorece compartilhamentos e aproxima pessoas com os mesmos interesses e preferências. Pode ser uma atividade exigente, pois demanda uma série de cuidados com os objetos (manutenção e controle) e ainda de organização (onde e como guardar esses objetos e, em alguns casos, como catalogá-los) e pode ainda possibilitar aprendizagens sobre os itens que são colecionados.

Os objetos colecionáveis podem ser diversos e para listarmos alguns basta recorrermos a memórias de nossa própria infância: figurinhas, cards, papeis de carta, carrinhos, bolinhas de gude, selos, cartões postais, imãs, fotos de locais de viagem… A lista pode ser mesmo infinita!

Sugerir e apoiar as crianças na organização de pequenas coleções pode, então, instigar a curiosidade, suscitar momentos de diversão e de aprendizagens. Dentre as tantas possibilidades de escolha, uma opção sem custos e bem interessante pode ser uma coleção de folhas de plantas.

Em visitas a praças, parques, locais com bastante vegetação ou mesmo ao andar por ruas arborizadas é possível, junto com a criança, coletar folhas que caem das plantas e se espalham pelo chã0. Uma ideia é secar as folhas de forma que durem por muito tempo, o que também pode ser feito com a criança, seguindo dicas de sites e vídeos disponíveis na internet. Outra opção é fotografar as folhas em estado natural e colecionar estas imagens.

Esta coleção, como outras, precisará ser organizada: pode-se anexar as folhas secas em plásticos ou folhas de papel; pode-se colar as fotos compondo um álbum ou mesmo mantê-las em formato digital e organizá-las em pastas e arquivos no computador. Algo usualmente feito pelos colecionadores é estabelecer um ou mais critérios de organização. No caso das folhas, podem ser agrupadas pelo formato, pelo tamanho, pela cor ou até mesmo pelo tipo de planta ou região da qual pertencem. Isso tudo pode favorecer uma boa pesquisa a ser feita pela criança, com ou sem a ajuda do adulto: identificar as plantas da coleção, nomeá-las e até descobrir mais informações sobre cada uma delas. Essa investigação pode ser feita pode via consulta a sites ou documentários disponíveis na internet, visitas a instituições especializadas (jardins botânicos, por exemplo) ou até conversas com especialistas, como biólogos, botânicos e jardineiros.

As informações coletadas nessas pesquisas podem tanto servir ao propósito de organização da coleção, como também para saber mais sobre as folhas que a integram. Por isso, também é interessante registrar essas informações em fichas ou legendas e mantê-las como parte da coleção.

Um exemplo interessante desses registros e até mesmo favorável para pensar na organização da coleção é dado por uma publicação de origem francesa. Trata-se de um catálogo temático, dirigido a adultos e crianças, e que também integra uma coleção da editora Diffusion Hatier, contemplando, entre outros temas, folhas, gatos, seres mitológicos, rochas e minerais.

As imagens a seguir são do catálogo “Les Arbres” (“As árvores”) que apresenta distintas espécies por meio de reproduções de fotos de suas folhas e de fichas informativas. Confira:

Reprodução de algumas das fichas do catálogo “Les Arbres”

Reprodução de algumas das fichas do catálogo “Les Arbres”

Reprodução de verso de ficha do catálogo “Les Arbres” contendo informações: “características”, “onde encontramos”, “o que fazemos” (ou que usos são feitos de suas partes), “você sabia que” (contendo alguma curiosidade).

E é claro que, conforme a coleção avançar, vale sempre compartilhá-la com pessoas queridas da criança, estimulando boas conversas e estreitamento dos vínculos afetivos. Sem falar, é claro, dos vínculos com a própria natureza, algo possível com essa coleção e fundamental para o desenvolvimento infantil.

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