10 de abril de 2017
Nesse post convidamos você a refletir sobre este delicado período na vida de uma família e que envolve todos os seus membros em muitas dúvidas e mudanças.
Os relacionamentos terminam por inúmeros motivos. Nem sempre existem crianças incluídas em sua dinâmica, mas quando elas fazem parte do vínculo afetivo do casal é importante que alguns cuidados sejam tomados na hora de comunicá-las sobre o rompimento e os desdobramentos que terá na vida delas.
Não falar claramente sobre o assunto pode ser tão desfavorável quanto dizer tudo ou até mentir. Tudo isso acaba dando margem a um bocado de fantasias, que como o próprio nome sugere, leva a lugares imaginados, distanciando a criança da realidade e de um entendimento possível. Cada família encontrará sua maneira de conversar sobre o tema, adaptando a situação ao tanto que as crianças conseguirão assimilar. Nessa hora, é importante abrir um espaço para o diálogo, os questionamentos, o choro, acolhendo os sentimentos infantis, tentando ser o mais franco possível dentro dos limites de compreensão próprios da idade.
É fundamental que fique bem claro que as divergências do casal nada têm a ver com os filhos, pois é bastante comum que de algum modo eles se sintam culpados pela separação dos pais. Um bom começo para esse tipo de conversa pode ser enfatizar que o relacionamento deles para com a(s) criança(s) continuará sendo o mesmo, bem como o amor que cultivam por ela(s), apenas deixando de viver sob o mesmo teto. Aquele que deixa a casa poderá encontrar novas formas de se fazer presente na vida da criança, combinando dias em que ela possa dormir em seu novo lar, levando-a para passear, ajudando-a com as lições da escola, viajando juntos, enfim… Cada um reinventará sua rotina para que o laço continue existindo entre pais e filhos.
Não raro, observamos muitos casos em que um casal se separa e a dinâmica dá início ao desenvolvimento de alienação parental, que nada mais é que a manipulação da relação de uma criança perante um de seus pais, resultando, por exemplo, em medo, hostilidade, desrespeito e afastamento de um deles. Trata-se de uma forma de abuso psicológico, tanto para a criança quanto para o familiar rejeitado, violando os direitos de ambos. É primordial que os adultos possam compreender que respeitar o lugar de cada um permite que os vínculos se deem de maneira saudável dentro do convívio familiar. Isso é extremamente importante para o desenvolvimento infantil.
As crianças inevitavelmente sentirão a separação dos pais. Mas esse tipo de experiência faz parte da vida e elas terão de aprender a enfrentar perdas e mudanças que são próprias do existir. Por isso, é valioso que possam contar com a ajuda dos adultos para que passem por esse processo de maneira cuidadosa, sentindo-se seguros e amparados, valorizando o respeito, a transparência e o afeto entre as pessoas como base para toda e qualquer relação social.
E você o que pensa sobre isso? Compartilhe conosco suas ideias ou alguma experiência que teve em relação ao assunto!