6 de fevereiro de 2019
Adultos e crianças podem, juntos, reciclar o lixo orgânico dentro de casa, transformando os restos de alimentos em adubo riquíssimo para as suas plantas!
Cada brasileiro produz cerca de 378kg de lixo ao ano – pouco mais de 1kg de resíduos por dia, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Quando pensamos em sustentabilidade, muito se fala de reciclagem por meio da coleta seletiva, tema em que o país ainda precisa avançar. Mas uma alternativa de destinação responsável e redução do lixo orgânico é a compostagem — uma prática que pode ser implementada na sua própria casa e ganhar escala no condomínio, bairro e município, por exemplo.
A compostagem é uma técnica de reaproveitamento dos alimentos quando há sobras de, principalmente, frutas, verduras ou legumes, cascas, talos fibrosos e sementes não comestíveis, que não são utilizados no preparo da comida. Em vez de serem jogados no lixo, esses “restos” podem servir como matéria orgânica na produção de adubo, nutrindo a terra com ingredientes saudáveis e, consequentemente, se transformando em alimento para plantas.
A composteira funciona como se fosse uma usina, acelerando o ciclo natural de decomposição da matéria, já que cria um ambiente favorável para que microrganismos e minhocas trabalhem mais rapidamente nesse processo, sem produzir odores e gerando húmus de altíssima qualidade.
No vídeo a seguir isso fica mais claro:
Materiais
Para fazer uma composteira você precisa de: recipientes que tenham ligações entre si.
Montagem
Hoje em dia, existem diversos modelos prontos no mercado, mas você também pode improvisar em casa com as crianças, utilizando caixas plásticas e opacas, para impedir a entrada de luz e preservar a umidade lá dentro. O ideal é empilhar três ou mais delas, pois enquanto uma é alimentada com os substratos, a outra realiza o processo de decomposição e a última coleta o produto final: o biofertilizante.Cada recipiente precisará ter de 50 a 100 furos de quatro a seis milímetros de diâmetro (a depender do tamanho de sua base).
Na tampa também tem de se fazer uma fileira com buraquinhos de 1 a 1,5 milímetros, respeitando o espaço de dois centímetros entre eles para que as minhocas não fujam, mas possam migrar de uma caixa para a outra. Esses tamanhos fazem com que a mistura não solte uma grande quantidade de vapor, gerando o líquido que é acumulado na última caixa. Este líquido pode ser apanhado, por meio de uma torneira que se encaixa em uma das laterais da última caixa para facilitar a sua saída, ou manualmente. O resultado será uma quantidade de húmus riquíssimo e um composto líquido cheio de nutrientes para fertilizar quaisquer tipos de plantas, dentro ou fora de casa.
Isso gera um impacto muito positivo para o meio ambiente, pois além de diminuir a quantidade de resíduos nos aterros sanitários que poluem o solo, as águas e até mesmo o ar, investir nesse processo faz com que entremos em contato próximo com o ciclo da natureza e sua capacidade de renovação.
Consumir de maneira consciente vai desde aprendermos a olhar para o alimento de maneira integral, até evitar o seu desperdício, buscando alternativas para a sua reciclagem. Além de prazeroso – pois mexer na terra e pegar em minhocas costuma render boas experiências –, envolver os pequenos nessas atividades pode ser um jeito de ensiná-los sobre o meio ambiente e o seu bonito trabalho, que se relaciona diretamente com a vida que levamos em comunidade!