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Não ao preconceito – Cabelo faz parte da identidade pessoal

23 de janeiro de 2014

Definir um modelo único é sempre pouco democrático e algumas vezes discriminatório. Veja como uma menina enfrenta o preconceito em relação aos seus cabelos.

No ano de 2013 houve duas situações constrangedoras em escolas relacionadas aos cabelos crespos das crianças. Na Flórida, Estados Unidos, os dirigentes de uma escola criticaram os cabelos naturalmente crespos de uma menina afirmando que fazia parte do código de vestimenta escolar não pintar ou usar muitos adereços no cabelo (não era o caso da menina que usava seus cabelos naturalmente, veja a reportagem, aqui). No segundo caso, um menino, na cidade de Guarulhos, São Paulo, de 8 anos não pode realizar a sua rematrícula na escola porque não cortava o cabelo, ao escolher adotar o estilo black power (reportagem, aqui).

O que aprende uma criança que passa por esse tipo de preconceito? Que não pode se aceitar como é? Que precisa mudar para agradar aos critérios estabelecidos de forma preconceituosa e discriminatória? Que nasceu de certa forma, defeituosa?

Afinal, nunca pediram para uma criança com cabelos lisos e grandes, contar o cabelo… Ser exposto a esse nível de preconceito na infância é algo que perpetua para a vida inteira. Na infância é que construímos os nossos principais julgamentos, sobre o mundo e sobre nós mesmos. Criar algo negativo sobre si mesmo desde de muito cedo implica em uma série de questões que serão levadas para sempre.

Mas, uma garotinha de 6 ano chamada Carolina resolveu fazer um vídeo explicando um acontecimento preconceituoso que ocorreu com ela, bastante parecido com os casos mencionados e dando dicas de como superar isso.

Cheia de orgulho, auto estima e coragem, a menina explica em simples palavras como é ter cabelo crespo. Mostrando para outras crianças, que ter cabelos assim é normal e pode ser enfeitado como qualquer outro tipo de cabelo. Ao final do vídeo, ela relaciona livros para adultos e crianças não deixarem de ler, buscando acrescentar o que veio dizendo…

Essa criança deve conviver com adultos que a amam e garantem apoio para que se sinta bonita e aceita como é, sem tentar mudar ou se aproximar de padrões estabelecidos de maneira discriminatória por uma sociedade movida por uma mídia manipuladora.

 

Observação: imagem da chamada é a personagem do livro “Menina bonita do laço de fita”, de Ana Maria Machado, editora Ática

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