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Por que a cor da pele não pode ser somente mais uma de nossas diferenças?

21 de julho de 2014

Os estereótipos e preconceitos são criados pelas pessoas adultas a partir de uma visão parcial, limitada, injusta, centrada em aspectos culturais discriminatórios e pouco democráticos.

Se prestarmos atenção a como as crianças lidam com as diferenças de gênero e raça podemos pensar em superações… desde que os adultos com quem elas convivem também possam ser mais abertos, justos, menos discriminatórios e mais reflexivos sobre o que nos rodeia e reafirmem e afiancem essas atitudes.

Circulam na internet alguns vídeos que expõem como crianças lidam com a questão da diferença de cor da pele. Vídeos que mostram crianças brancas querendo ser negras ganham audiência e se viralizam. Por que isso acontece?

Por que parecem entender que não há diferenças negativas? Ou será que é porque tentam explicitar que algo que buscamos pode ser mais natural?

Vejam dois desses vídeos abaixo:

 

Se navegamos nos links relacionados a esses mesmos vídeos, vemos, por exemplo, uma investigação em que crianças negras são convidadas a analisar duas bonecas – uma branca e outra negra – e todas elas indicam que as bonecas brancas são mais bonitas devido aos olhos claros e a pele branca.

Isso indica que ainda, culturalmente, passamos uma carga muito forte de padronização da estética, preconceito e uma suposta supremacia branca para essas crianças.

 

Ainda na internet encontramos um poema (autor desconhecido) que diz:

“Homem Branco,

Quando eu nasci, eu era negro.

Quando eu cresci, eu era negro.

Quando eu vou ao sol, eu sou negro.

Quando eu estou com frio, eu sou negro.

Quando eu estou com medo, eu sou negro.

Quando eu estou doente, eu sou negro.

Quando eu morrer, eu serei negro.

E você Homem Branco?

Quando você nasceu, era rosa.

Quando você cresceu, era branco.

Quando você vai ao sol, fica vermelho.

Quando você fica com frio, fica roxo.

Quando você está com medo, fica branco.

Quando você fica doente, fica verde.

Quando você morrer, ficará cinza.

Depois de tudo isso Homem Branco, você ainda tem o topete de me chamar de homem de cor?”

Como fazer com que a questão da cor seja somente mais um atributo de nossas diferenças, pois nada nas pessoas é igual?

Como desvincular uma questão natural de uma intrincada rede cultural, econômica e política?

As crianças parecem ajudar nisso…

Como avançar a partir daí?

 

 

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