20 de janeiro de 2014
Brincar é crucial para o desenvolvimento de uma criança. Então por que os pais se incomodam quando eles aumentam o repertório?
Em teoria é fácil falar. Todo mundo concorda que a hora de brincar é enquanto se é criança. E que tudo bem os meninos e meninas trocarem seus papeis nesta hora. Mas na prática, pais e mães compram brinquedos delicados e cor de rosa para as meninas, e carrinhos e kits de médicos para meninos. E atire a primeira pedra quem não mudou de assunto quando o filho mostrou interesse em uma boneca ou a filha quis saber se podia ter um caminhãozinho ou uma chuteira.
Como dizia Piaget, brincar é o trabalho de uma criança. E não há porque dar limites a isso. Um dos pilares da “The Early Years Foundation”, entidade inglesa que promove ações para o desenvolvimento de crianças na primeira infância, é dar igualdade de oportunidades e aprendizado para todas.
É preciso considerar que, quando se dá jogos de tabuleiro como xadrez ou damas só para meninos, está excluindo meninas de aprenderem lições de lógica e raciocínio, por exemplo.
Além de precisarem de estímulos diferentes para aprender coisas diferentes, as crianças também precisam decidir por si o que é divertido, além de não se deixarem envolver por questões de marketing da indústria de brinquedos ou dos estereótipos sociais.
Estes são pilares de campanhas que pipocam na internet, como o movimento inglês “Let toys be toys – For girls and boys” (“Deixe os brinquedos serem brinquedos, para meninos e meninas”), que promove um outro olhar sobre a questão. Ou ainda o bem bolado vídeo publicitário da empresa de brinquedos Goldie Blox, que chamou a atenção com um roteiro que brinca com os estereótipos do mundo feminino e oferece uma linha de brinquedos para “futuras engenheiras”.
E você, o que acha? Dá para brincar sem preconceito?