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Dicas Práticas e indicações

Como criar crianças leitoras

Imagem retirada de Pixabay
25 de junho de 2018

Aqui vão algumas dicas preciosas para desde cedo desbravar o universo dos livros na companhia dos pequenos e de boas histórias!

O jornal norte-americano The New York Times tem, há algum tempo, uma sessão dedicada a tratar exclusivamente sobre livros, apresentando os mais vendidos do ano, críticas literárias, resumos e até um segmento bastante especial destinado a trazer matérias e dicas do que ler para as crianças. Foi numa dessas passagens pela página virtual do periódico que encontramos um conjunto de dicas, para ajudar a “criar” um(a) pequeno(a) leitor(a).

Para quem acompanha a nossa plataforma, não deve ser novidade que a leitura é uma importante atividade para o desenvolvimento infantil, seja pela apropriação de sons e palavras, pela transmissão cultural que as obras carregam, pelas lições e reflexões despertadas com as histórias, pela identificação por meio dos personagens que ajudam as crianças a buscarem saídas para os seus conflitos mais íntimos ou até mesmo pelo vínculo que vai sendo construído com a pessoa que se dispõe a passar algum tempo ao seu lado.

Pamela Paul e Maria Russo, que são as autoras do texto, acreditam que para criar um leitor é necessário também ser um leitor. Isso significa que provavelmente esse gosto só poderá ser adquirido por meio de um modelo (na maioria das vezes, adulto) que desperte uma curiosidade tamanha pela leitura e seja capaz de mostrar como a atividade pode ser rica e prazerosa, em muitos sentidos.

Quando se trata de bebês, elas dizem que a leitura em voz alta todos os dias é muito importante. Pode ser um livro sobre culinária, quadrinhos, poesias… o conteúdo pouco importa, mas o som da voz, a cadência do texto e a expressão das palavras é que vão envolvê-los nesse processo. A linguagem tem de ser viva e dirigida diretamente a eles. Fazer contato visual, responder aos seus balbucios e deixar que toquem nos livros são ações que vão dando contorno para esse atrativo.

Um pouco mais adiante, é possível permitir que as próprias crianças façam escolhas por narrativas que gostem de ouvir, respeitando suas preferências e escutando o que elas têm a dizer sobre elas. Também é sempre bom abrir espaço para o compartilhamento de novas leituras, inclusive aquelas escolhidas e apreciadas pelos adultos. Haverá um momento em que reconhecer letras e palavras as instigará a fazer, elas mesmas, suas decodificações dos textos. Escutá-las é extremamente valioso, mesmo que no começo tenham certa dificuldade e levem um tempo para concluir a leitura. Não existe uma idade correta em que isso deva acontecer… ler e escrever surgirão como movimentos que têm uma função social a ser descoberta – e isso precisa ser divertido, curioso e inspirador!

Diferentes temas, abordagens, formas de ler, tipos de ilustração e de escrita devem ser oferecidos como formas de comunicar também a diversidade que o mundo abarca, sendo os livros apenas um reflexo disso. Escolher cantinhos gostosos para tornar isso um hábito fará com que exista ainda mais prazer nesse ato, bem como quando a família se reúne para ler, compartilhando o mesmo passatempo.

Frequentar bibliotecas, livrarias, feiras de livros e colocá-los em circulação, sempre doando, trocando e presenteando as crianças com novidades literárias podem ser dinâmicas que contribuem com esse interesse e iniciam uma relação com objetos que podem se tornar grandes companheiros de experiências e de aprendizagens!

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