Infância e Política: que lugar temos atribuído à infância em nossa convivência social e afetiva? | Labedu
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Infância e Política: que lugar temos atribuído à infância em nossa convivência social e afetiva?

Foto de Ilana Katz retirada de Instituto CPFL
18 de setembro de 2017
Este artigo faz parte da série:

O tempo da infância e a infância de nossos tempos

No terceiro programa da série “Café Filosófico – O Tempo da Infância e a Infância de Nossos Tempos”, a psicanalista Ilana Katz discute a relação entre “Infância e Política”.

Com curadoria de Julieta Jerusalinsky, o terceiro programa da série do Café Filosófico acerca do Tempo da Infância e a Infância de Nossos Tempos recebeu a psicanalista Ilana Katz para tratar de um tema bastante discutido atualmente: “Infância e Política”.

Ilana chama a atenção para a construção histórica da compreensão social de infância, algo que também abordamos em nossa série de posts A Infância ao Longo do Tempo. A forma como pensamos hoje sobre a criança, seu desenvolvimento e suas necessidades é fruto de uma produção histórica e política. Desse processo derivam impactos diretos em nossas relações com os pequenos e também na forma como definimos as políticas públicas que atendem a criança e a família.

A psicanalista propõe pensar no modo como fazemos laços com os outros como uma das principais maneiras de compreender uma época. São esses vínculos e modos de se relacionar que na verdade compõem o tecido social, cultural, político e afetivo de nosso cotidiano. Dessa maneira, ela defende a ideia de que é a partir da convivência cotidiana e da forma como interagimos com os outros – especialmente os muito diferentes de nós, com outras ideias, experiências, contextos e modos de se expressar – que podemos permitir às crianças a construção de uma posição política no mundo.

Afinal, é no dia-a-dia das relações que se colocam questões essenciais da vida em sociedade, tais quais as levantadas por Ilana: Qual é o lugar que me coloco diante do outro? Como damos oportunidade para que as crianças tenham a possibilidade de compreender que a alteridade é incontornável? E de que maneira nos expressamos em nossas interações com as outras pessoas e em nossos posicionamentos de que o mundo que habitamos é tão nosso quanto delas? Essa transmissão se dá via corpo, pela convivência e pela sustentação das próprias experiências diante da alteridade.

Nada pode ensinar mais sobre estar junto e compartilhar do que fazer esse exercício. Assim, vale refletir: como temos vivenciado o tempo e os espaços com nossas crianças? O que transmitimos quando estamos consistentemente ao lado delas, mas focados em nossos problemas, preocupações e interesses, sem estarmos de fato engajados em estar junto? O que estamos dispostos a ceder para estar com os outros?

Convidamos o leitor a assistir ao vídeo completo para aprofundar as reflexões sobre esses temas tão importantes. Esperamos as impressões e ideias de vocês nos comentários!

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