10 de dezembro de 2013
As condições de vida e as possibilidades de acesso aos bens e à tecnologia estão diferenciando os seres humanos. “Nunca foi tão desigual o tratamento dado às crianças do mundo, não mais segundo sua origem geográfica, senão segundo sua origem social” (Cristovam Buarque).
É urgente e necessário pensarmos as condições que estamos oferecendo para as crianças de todo o mundo.
A desigualdade proporcionada pelo modo de vida atual faz com que crianças tenham diferentes oportunidades, e isso influencia seu desenvolvimento.
É comum ouvirmos dizer que as crianças que acessam a internet, ou desde pequenas sabem utilizar as telas touchscreen possuem um “chip” diferenciado de gerações anteriores. Mas, se considerarmos que muitas crianças, de diferentes partes do mundo não tem acesso ao mínimo que a tecnologia oferece, que tipo de “chip” podemos dizer que elas têm?
Cristovam Buarque, no livro – O berço da desigualdade – em que é responsável pelos textos (imagens são de Sebastião Salgado), diz que estamos sendo responsáveis pelo desenvolvimento de duas espécies distintas de seres humanos.
Buarque propõe um programa para igualar os berços das crianças, garantindo a todas elas bens e serviços essenciais.
Se ainda estamos longe de conseguir isso em nível mundial, como podemos pensar isso em situações próximas?
Como ajudar para que crianças tenham as mesmas condições de aprendizagens a longo de sua infância e seu potencial desenvolvido de forma igualitária?
Livro: O berço da desigualdade
Autores: Sebastião Salgado e Cristovam Buarque
Brasília: Unesco, 2005
Fotos de Sebastião Salgado