23 de junho de 2014
Será que somos super-protetores com os bebês? Se os adultos impedem que alguns “males” cheguem até o bebê, qual o impacto social e biológico? Dados de uma pesquisa mostram que deixar os pequenos interagirem com o mundo os deixa mais resistentes.
O centro de pesquisa de asma, Urban Environment and Childhood Asthma Study, realizou recentemente uma pesquisa buscando entender o que significa estar exposto a agentes alérgicos quando criança.
Para esse estudo, dividiram as crianças em dois grupos.
Os resultados foram surpreendentes. As crianças que foram expostas a esses alergênicos conseguiram desenvolver níveis menores de alergias. Enquanto que crianças que não entraram em contato nenhum, desenvolveram uma série de alergias.
- 40% das crianças que foram criadas em casa com alergênicos não tinham nenhuma alergia.
- Somente 8% das crianças que foram expostas a alergênicos tinham um quadro de alergias pesadas, como a asma.
- A asma é 3 vezes mais comum em crianças que foram criadas em ambientes livres de alergênicos.
Quando pequenos, os bebês precisam estar expostos ao contato natural com o mundo externo, para que o seu sistema imunológico possa desenvolver uma resistência para toda sua vida.
A proteção excessiva pode ser uma iniciativa com a melhor das intenções, mas é importante lembrar que, da mesma maneira que a cognição da criança está sendo aperfeiçoada e construída a cada momento, o corpo (biológico) também está se acostumando com o mundo fora da barriga protetora da mãe.
* No título indicamos S para uma “vitamina” que não existe na realidade, mas a que muitos pais e mães remetem quando seus filhos levam objetos do chão à boca.