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Você tem escutado o que as crianças têm a dizer?

Em parceria com Lunetasicone-link-externo

O Lunetas é um portal de conteúdo sobre as muitas infâncias do Brasil. Pensado para famílias e interessados no tema, o site oferece informações em diversos formatos, conta histórias, provoca reflexões, inspira atitudes e também explora os múltiplos olhares sobre as múltiplas infâncias.

11 de outubro de 2018

Neste mês em que, usualmente, se comemora do Dia das Crianças, que tal se perguntar se você tem dado real atenção ao que os pequenos têm a dizer? Saiba mais sobre esse assunto no post do nosso parceiro Portal Lunetas.

Você já ouviu uma criança hoje? Você já parou para verdadeiramente escutar, com atenção e dedicação, o que a criança com qual convive tem para dizer ou contar?

Vivemos tempos turbulentos, nos quais temos maltratado as comunicações cotidianas, pressionadas pelos tempos corridos ou pelas palavras cortantes. Estamos desacostumados de uma importante e milenar arte, base para qualquer relação ou comunicação dialógica: a arte da escuta.

E as crianças tem sofrido igualmente por isso. Ao invés de perguntas sobre suas opiniões e percepções acerca dos acontecimentos dos mundos, interiores e exteriores, entregamos esse tempo de encontro ao monólogo silencioso das máquinas e telas, que apesar de tentarem emular uma conversa, falta-lhes a qualidade das emoções e sentimentos.

Pesquisas recentes da neurociência expõem a necessidade do vínculo sócio afetivo constante e interativo para o desenvolvimento amplo e sadio do cérebro durante a primeira infância, base para a aquisição de inúmeras habilidades cognitivas e emocionais, inclusive a própria linguagem.

Uma pesquisa impressionante da Universidade de Washington apontou que a aprendizagem da linguagem necessita de um contexto de interação social, indicando que bebês não aprendem os fonemas de uma língua quando expostas a um mesmo conteúdo transmitido por telas. Ou seja, não há como desenvolver linguagem sem a interação dialógica com outro ser humano; e não há diálogo se não há escuta!

Ouvir uma criança, mais do que um ato humano essencial e necessário, é um direito dela para que possa se desenvolver de forma plena e integral e, ainda, para que possa emitir suas opiniões de maneira livre e autônoma sobre qualquer decisão que lhe diga respeito, seja dentro da família ou nas mais complexas políticas públicas de um Estado.

Não podemos afirmar, porém, que essa escuta seja algo fácil ou trivial, é preciso hábito e procedimentos para que nos atentemos ao que querem comunicar. E é preciso começar a escutá-las com urgência. Que tal agora?

Leia mais sobre o tema acessando Portal Lunetas.

Texto adaptado de: Portal Lunetas (produzido por Pedro Hartung).

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