Sexualidade Infantil #2: A exploração através da boca | Labedu
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Sexualidade Infantil #2: A exploração através da boca

Imagem retirada de Pixabay.
21 de novembro de 2016
Este artigo faz parte da série:

Sexualidade Infantil

No segundo post desta série trouxemos mais algumas curiosidades interessantes para melhor compreender o desenvolvimento das crianças entre 0 e 2 anos de idade.

 

Você já deve ter reparado, observando bebês e crianças bem pequenas à sua volta, como é comum vê-los pegando quaisquer objetos que veem pela frente e os colocando dentro da boca. Certo? Sabe por que isso acontece? Pois bem, a boca é a zona corpórea inaugural que possibilita ao bebê um encontro com o outro e com o mundo. Tal movimento concede uma experimentação, um sentir de sabores, texturas, trazendo um conhecimento mais apurado, enfim, do que se trata o novo objeto encontrado pelo seu caminho, explorando o seu entorno através da oralidade.

Não podemos deixar de mencionar a função que a amamentação tem neste processo inicial do desenvolvimento. Quando o bebê mama, várias sensações acabam invadindo esse corpo, essa boca, que suga, morde, toca o bico do seio da mãe e dele retira o leite, alimento fundamental para a sua sobrevivência. Para além do abastecimento nutricional, ao olhar nos olhos da mãe, o bebê também busca a verdade de seus sentimentos, o amor, alimento fundamental para sua alma humana, experimentando neste encontro uma sensação prazerosa, que irá provavelmente querer repetir para obtê-la novamente. A chupeta, a mamadeira, o beijo, mais para frente, talvez sejam atividades que venham a atualizar essa primeira vivência corpórea gostosa.

Nesse impulso que os leva às descobertas, os pequenos vão provando sensações muito peculiares de duro, mole, quente, frio, áspero, azedo, doce, entre outras inúmeras percepções viabilizadas pelo tato e paladar da boca, que lhes darão maior familiaridade com as coisas, revelando o que gostam e o que não gostam, o que são capazes de fazer com seus lábios, gengivas, língua etc., encontrando potencialidade nesses gestos investigativos.

Por isso, o modo como os pais e/ou cuidadores interagem com as crianças nesses momentos iniciais de intensa auto exploração, deve partir de um olhar atento e zeloso, para que elas possam crescer em segurança e sentindo confiança em relação a si mesmas e aos adultos que a cercam. Mostrar o que pode e o que não pode ser inserido na cavidade bucal, fazer um desmame com calma e gradativamente, substituindo o peito ou a mamadeira por outros objetos e alimentos que deem conta de satisfazer essas demandas de prazer, contato e sustento são de crucial importância!

E você, gostaria de nos contar alguma experiência ou acrescentar conhecimentos acerca dessa fase tão primordial no desenvolvimento da criança? Deixe seu comentário aqui.

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