29 de agosto de 2017
Conheça nesse post uma inusitada forma de comércio para apresentar às crianças.
Originalmente chamado “Marché aux puces”, o Mercado de Pulgas surgiu nos subúrbios de Paris, na França, como um grande bazar ao ar livre, que comportava a venda de vestuários que, na época, muitas vezes vinham infestados de pulgas. Pouco a pouco essa prática foi se difundindo pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde ficou conhecido como “Flea market”, acomodando trocas das mais diversas possíveis e a venda de bens antigos, usados e outras mercadorias, em sua maioria artesanais. As feiras têm estimulado a produção de artistas independentes, que expõem suas obras ao lado de artigos de segunda mão, que podem ser facilmente reaproveitados por outras pessoas.
Hoje em dia, no Brasil, podemos encontrar esse tipo de comércio em várias regiões, ainda que tenha se popularizado especialmente no sul do país. Em cada uma dessas regiões, observamos as particularidades da arte característica do estado ou cidade na qual se localizam, ganhando um tom cultural. Algumas escolas também vêm abrindo suas portas para incentivar a troca de brinquedos, livros, materiais escolares, gibis, roupas, jogos de tabuleiro, figurinhas, cards, entre outros pertences significativos para os alunos, mas que estavam em desuso em suas casas.
Essa proposta é uma excelente oportunidade para ensinar às crianças que é necessário se desapegar de certas coisas que não fazem mais parte de nossas vidas, mas que ainda assim deixam suas histórias e boas memórias como recordações. Passar para frente e permitir que outras pessoas se beneficiem daquilo que não queremos mais são manifestações solidárias de doação, bem como são ações que fogem da lógica do consumismo e do descarte que tanto permeia as relações modernas. Valoriza-se, portanto, não somente uma troca entre objetos, mas as histórias que eles carregam, mostrando que o novo e o velho podem coexistir perfeitamente, cada um com seu significado e importância. No caso de artesãos que levam suas obras até esses mercados e expõem cuidadosamente o seu trabalho, pode-se conhecer ainda os processos envolvidos nessa criação na interação direta com quem produz, além de estimular o comércio local, o que também pode ser muito bacana!
E você, já visitou algum Mercado de Pulgas com as crianças? Deixe seu comentário nos contando sobre essa experiência.