24 de setembro de 2013
As crianças podem entender a morte melhor que os adultos, mas à medida em que crescem nós fazemos com que não considerem um processo natural da vida.
Veja aqui um exemplo:
Juliana tem 5 anos e desde seus 3 anos fala da morte de forma muito natural que até surpreende e assusta sua mãe.
Fala que irá sentir saudades dela quando morrer e que irá guardar muitas fotos para poder olhar e matar as saudades, tudo de forma tranquila, que até chega a chocar sua mãe.
Em um domingo, estavam no carro indo almoçar, Juliana, sua mãe e seu pai, quando em um dado momento, sem saber exatamente porque, Juliana comenta que as pessoas morrem quando seu coração fica pequenininho.
A mãe pergunta: Como assim?
Juliana continua com sua tese:
– As pessoas nascem com um coração grandão, depois vai ficando velhinho e o coração vai ficando pequenininho até desaparecer.
Continua:
– Ó, a vovó, ela vai morrer primeiro porque o coração dela já é bem pequenininho. Depois vai morrer o papai e depois vai ser você, mamãe. O meu coração ainda é bem grandão porque eu sou nova, né? É assim que acontece. Você pode morrer junto com o papai porque vocês são mais ou menos do mesmo tamanho.
E por fim diz:
– E quando a gente morre, a caveira fica no cemitério e a pele vai para o céu.
A mãe fita a estrada à sua frente sem enxergar nada e lágrimas rolam silenciosamente. O pai olha de soslaio e um silêncio se instala por alguns minutos no carro…
Vida e morte… simples assim!