Diversão segura: canais infantis no YouTube sem publicidade
Dicas Práticas e indicações

Diversão segura: canais infantis no YouTube sem publicidade

Canal do Júlio (Reprodução)
Em parceria com Portal Lunetasicone-link-externo

O Lunetas é um portal de conteúdo sobre as muitas infâncias do Brasil. Pensado para famílias e interessados no tema, o site oferece informações em diversos formatos, conta histórias, provoca reflexões, inspira atitudes e também explora os múltiplos olhares sobre as múltiplas infâncias.

14 de fevereiro de 2019

No começo de janeiro, o Ministério Público anunciou a decisão de exigir a retirada de vídeos de youtubers mirins que incitam o consumo e o marketing de produtos. Inspirados por esta decisão, o Portal Lunetas selecionou alguns canais totalmente livres de publicidade para as crianças curtirem.

Tem música, literatura, culinária, desenhos, experimentos, cordel, contação de histórias em LIBRAS e muito mais. Sempre com o intuito de ampliar o repertório das crianças desde a primeira infância. Afinal, telas são para entretenimento, mas também podem ter um caráter educativo e formativo.

Porém, valem algumas ressalvas: é preciso lembrar que, apesar de os canais listados abaixo não fazerem uso de publicidade e nem venderem produtos em seus vídeos, a plataforma em si o faz. Nos termos de uso do canal, há um aviso de que os conteúdos são indicados para o público acima de 18 anos. Quem já teve a curiosidade de ler os Termos de uso do YouTube? Neles, consta que o usuário, ao usar a plataforma, afirma ter a idade mínima recomendada ou estar autorizado pelos pais.

Quanto ao YouTube Kids, aplicativo do Google para crianças a partir dos cinco anos, apesar de ser um espaço criado para o público infantil, não é um ambiente livre de publicidade, uma vez que empresas podem solicitar a um youtuber um conteúdo pago exibido nessa seção para divulgação de um produto ou marca – algo, que pelos termos do YouTube, seria enquadrado como conteúdo, e não propaganda. Assim, não se trata de uma plataforma totalmente segura para a criança no que se refere à exposição a publicidades diversas.

Além disso, sempre um vídeo pode levar a outro e este segundo não necessariamente está isento de publicidade.

Por todas estas razões, o acompanhamento dos adultos é essencial!

Confira, a seguir, alguns dos canais indicados:

Mãos aventureiras

Para suprir a lacuna existente na internet de contação de histórias em LIBRAS para crianças com limitações, a professora Carolina Hessel criou o “Mãos Aventureiras”. Com atualização semanal, o desejo da professora é atingir escolas para surdos e também escolas regulares. Cada história é escolhida de acordo com a época. Entre a lista de livros que já foram utilizados estão “Adelia”, de Jean-Claude Alphen (Prêmio Jabuti), “Carona na Vassoura”, de Julia Donaldson e Axel Scheffler, e “O presente do Saci”, de Lalau & Laurabeatriz.

https://www.youtube.com/watch?v=vlfkelJkSq0

Canal do Júlio

“Puxa, puxa, que puxa!”. Quem não conhece esse bordão? O personagem Júlio, do programa infantil Cocoricó, exibido pela TV Cultura, ganhou recentemente um canal no YouTube. Em seus vídeos, ele conta histórias, ensina brincadeiras e entrevista pessoas famosas da cultura brasileira, como o cantor Lenine. Brincando de apresentador, o menino de oito anos conversa com o avô que está por trás das câmeras e dá ideias. No vídeo de apresentação do canal, Júlio se propõe a oferecer “o melhor lugar da internet para você, a mamãe, o papai, o vovô, a vovó, e toda a família se divertir para valer”.

Cordel Animado

Criado pela poeta Mariane Bigio e sua irmã, a musicista Milla Bigio, o projeto mistura cordel com contação de histórias, música e sonoplastia. Aproximar as crianças de todo o Brasil das manifestações populares de Pernambuco, em especial a literatura de cordel é a proposta do canal Cordel Animado.

Que monstro te mordeu?

Criado pelos fãs da aclamada série exibida pela TV Cultura, “Que monstro te mordeu?”, o canal reúne episódios completos e reforça a criatividade da produção, que encanta crianças de todas as idades e também seus pais. “Toda vez que uma criança desenha um monstro, ele ganha vida no Monstruoso Mundo dos Monstros, espalhando caos por onde passa. Resta a Lali e seus amigos monstruosos resolverem a confusão, aprendendo algo com ela”, diz a descrição da série, dirigida por Cao Hamburguer, que também dirigiu o Castelo Rá-Tim-Bum.

Além destas dicas, há muitas outras no post do Portal Lunetas.

Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – A SBP recomenda que bebês com até dois anos não tenham nenhum acesso às telas, principalmente durante as refeições ou antes de dormir. Para crianças entre dois e cinco anos, o limite recomendado é de uma hora diária. Já as de seis anos não devem ter contato com jogos violentos e, até os dez anos, nenhuma criança deve ter televisão ou computador nos próprios quartos para evitar a vulnerabilidade do acesso a conteúdos inapropriados.

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