29 de agosto de 2017
Com apenas 5 meses, uma bebê encanta um mundo de gente nas redes sociais, ouvindo sua mãe cantar.
Em um vídeo que teve muitas visualizações, muitas pessoas viram e apreciaram reação da pequena Julieta ao ouvir sua mãe entoando uma cantiga infantil bem conhecida. Vamos ver (ou rever) aqui?
Essa interação da mãe com a criança, via linguagem oral, não teve início só depois do nascimento. Como já tratamos aqui e aqui e como também reitera em reportagem do UOL a pediatra Juliana Rosis, a audição do bebê começa a se desenvolver no útero materno entre a 20ª e a 21ª semana de gestação. Desde esse momento, ele é capaz de se habituar à voz da mãe, afinal, permanece junto a ela todo o tempo.
A pediatra também cita o estudo de um cientista americano cujos filhos gêmeos, nascidos prematuramente com 25 semanas, se acalmavam e tinham até as batidas do coração reduzidas quando, em meio aos barulhos dos aparelhos e as tantas manipulações de pessoas desconhecidas na UTI, ouviam áudios com a já familiar voz da mãe, cantando e conversando com eles.
A cena que assistimos, dessa bebê de 5 meses, é resultado também de outros dois importantes ingredientes: o vínculo afetivo entre ela e a mãe e o aconchego do colo que, segundo Juliana Rosis, remete ao ambiente intrauterino.
É importante pensarmos que, ainda que encantador, o vídeo não mostra uma cena inédita ou rara: se desde cedo estabelecemos interações com os bebês via fala, eles se acostumam com esses sons e os reconhecem depois do nascimento. Cada vez mais, vão se atentando à sonoridade, às palavras e, mais tarde, aos seus significados, aprendendo gradativamente a se comunicar.
Do mesmo modo, vale pensarmos que não apenas a mãe tem esse papel, mas também o pai e outros adultos que atuam como referência para as crianças: quanto mais conversamos, cantamos e lemos para os pequenos, mais contribuímos para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem e, ainda, mais nos conectamos afetivamente a eles.